ELI RODRIGUES PEREIRA

Artista plástico, poeta e letrista. Eli é conhecido nacional e internacionalmente com obras no Brasil, Estados Unidos, Japão, China, Arábia Saudita e Egito, na biblioteca de Alexandria.

 

Nascido em 1948, em Queluzito, MG, Eli nunca frequentou uma escola de arte. Apesar de seus primeiros traços terem aparecido logo na infância, cursou engenharia elétrica na UFMG, se dividindo entre a arte e a engenharia por 15 anos. Em 1990, Eli renuncia à engenharia, e a pintura e a poesia passam a tomar todo o tempo de sua vida. Na voz do artista, “Nenhum pássaro voa com quatro asas. Ou eu voava com as asas do engenheiro ou com as asas do artista”.

 

Sua obra de traços finos e cores fortes abrange esculturas, telas, cabaças, latas de tinta e objetos onde a poesia incorpora à pintura e a pintura à poesia. Um destaque na carreira do pintor-poeta foi sua participação no 39º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, um dos maiores eventos de premiação da produção artística no Brasil e também considerado o maior salão de humor do mundo. “Eu trabalho muito com aquilo que está no chão, com aquilo que as pessoas jogam fora”, disse o artista em entrevista ao Programa Terra de Minas, da TV Globo, exibida em junho de 2013.

 

Já a produção poética de Eli é intensa e conta hoje com cerca de 250 poemas e hai-kais. Em 2013, o artista teve poesias e pinturas publicadas por Maitê Proença em seu livro É Duro ser Cabra na Etiópia, da Agir Editora. Atualmente, Eli trabalha no Projeto Bom dia Poesia em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de Conselheiro Lafaite, MG. Todas as manhãs, o poeta prega uma poesia nos muros do Solar de Cultura da cidade e, ao final, as poesias pregadas serão editadas num livro que levará o mesmo nome do Projeto.

 

Na música, Eli foi parceiro do grupo Queluz de Minas de 1979 a 1988, com destaque para as canções “To be”, “Do Nada, Prá Nada” e “Só”. Essa última canção foi regravada em 2015 a partir de um poema seu de 1971. Em 2011, participou do clipe da música “Esse Meu Coração” e em, 2013, do documentário “Existindo”. Eli participou de Festivais de Música na década de 80 em Conselheiro Lafaiete, Mariana, Ponte Nova e Divinópolis, com músicas interpretadas por seus parceiros Valdênio Martinho e Luiz D’Angelo.